Na imagem eu e o maestro Emílio Porto, tocando num dos muitos intercâmbios realizados entre os Açores e o Alentejo Litoral.
Emílio Porto um embaixador cultural do alentejo.
Foi professor, maestro, e foi condecorado com o titulo de comendador pela sua obra e causa pública.
E uma figura única do Coral
Harmonia, o José Augusto, cantor fundador do grupo.
De tudo isto, fica a sensação que
havia muito ainda para viver, partilhar, e sobretudo na altura do
seu desaparecimento sentimos amargura e pensamos na grandeza dos nossos amigos.
Resta a memória, e sobretudo
daqui por diante em momentos muito especiais, recordar-mos estas pessoas que
fizeram parte da nossa vida e que nos ajudaram a crescer e a amadurecer.
Esta imagem, caracteriza o José Augusto num dos muitos momentos de felicidade com o seu Coral Hamonia. Concerto de Natal 2009.
O José Augusto, foi um homem
simples, humilde até à sua morte. Desconhecem-se pessoas que não gostassem
dele. Porque nunca criou um conflito, sempre disponível com todos e talvez
tivesse sido mesmo um “Alentejano Contemporâneo”, que viveu nas calmas mas que
cantou desde a sua forma mais tradicional até ás maiores aventuras do Cante
Alentejano com batuques, passando pela música étnica e gospel ou os temas mais agitados da PoP World Music.
No fim de tudo isto, se é que
podemos chamar à morte uma morte poética, o Zé recebeu no quarto do hospital
todos os cidadãos da sua terra. Todos, desde o mais simples ao mais “ilustre”.
Em vez de se lamentar pela doença, quase que se desculpava aos seus amigos por o
encontrarem assim.
Em todas as suas conversas, um
tema CORAL HARMONIA. E talvez em todas as suas orações, CORAL HARMONIA. E por
fim, o Coral visita o Zé, encanta-o e encanta-se cantando, sorrindo e chorando.
Dias depois, despede-se do coral
olhando para as fotografias dos seus amigos, dormindo para partir para sempre.
Este foi o Zé que conheceu
centenas de cantores de outros coros, criou amizades, e a simpatia de muitos. Um grande e forte abraço para a sua família e para todos nós Coral Harmonia. Vamos continuar, mais fortes, honrando a memoria deste nosso amigo.
Aqui o Zé canta em França o Alentejo.
E agora é tempo de CONTINUAR
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